Ucrânia envia 500 toneladas de farinha de trigo para apoiar povo sírio

A Ucrânia enviou 500 toneladas de farinha de trigo para a Síria como sinal de apoio ao povo sírio, anunciou hoje o presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky.

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Lusa
27/12/2024 11:20 ‧ há 16 horas por Lusa

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Síria

"Como prometido, estamos a apoiar o povo sírio neste momento de necessidade", disse Zelensky nas redes sociais, citado pela agência espanhola EFE.

 

Zelensky divulgou uma mensagem também traduzida para árabe, na qual anunciava o envio de 500 toneladas de "farinha de trigo ucraniana" através do programa "Grãos da Ucrânia".

"Está planeado distribuir a farinha de trigo a 33.250 famílias, ou seja, 167.000 pessoas, nas próximas semanas. Cada pacote pesa 15 quilos e pode alimentar uma família de cinco pessoas durante um mês", disse o chefe de Estado ucraniano.

"Desejamos à Síria e ao seu povo segurança, estabilidade e recuperação. Sabemos o verdadeiro valor destas coisas", acrescentou.

Zelensky referia-se ao país do Médio Oriente, que viveu mais de uma década de guerra civil até à recente queda do ditador Bashar al-Assad, e à Ucrânia, vítima de uma invasão russa desde fevereiro de 2022.

A iniciativa humanitária "Grãos da Ucrânia" foi lançada no outono de 2022 no contexto do 90.º aniversário do início do Holodomor, o nome dado à fome gerada pelos soviéticos que matou milhões de ucranianos entre 1932 e 1933.

O objetivo é facilitar o envio de cereais ucranianos para os países pobres através do Programa Alimentar Mundial das Nações Unidas.

Desde as revoltas populares de 2011, que degeneraram numa guerra civil de 13 anos, mais de 14 milhões de sírios foram obrigados a abandonar os locais habituais de residência, metade dos quais no interior da Síria.

As Nações Unidas calculam que 70% dessas pessoas precisam de ajuda humanitária e 90% vivem abaixo do limiar da pobreza.

Uma ofensiva rebelde lançada em 27 de novembro pôs fim ao regime de Bashar al-Assad em 08 de dezembro, dia da tomada de Damasco, a capital da Síria.

Assad refugiou-se na Rússia, que lhe concedeu asilo político.

A Rússia e o Irão eram os principais apoiantes do regime de Assad.

Leia Também: Revelada foto de soldado norte-coreano que morreu após captura na Ucrânia

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