Polícia moçambicana acusa sociedade civil de financiar manifestações

As Forças de Defesa e Segurança moçambicanas acusaram este sábado "algumas organizações da sociedade civil e pessoas de má-fé", incluindo estrangeiras, de estarem a financiar a onda manifestações para criar "caos generalizado" no país. 

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© ALFREDO ZUNIGA/AFP via Getty Images

Lusa
30/11/2024 12:24 ‧ há 2 semanas por Lusa

Mundo

Moçambique

"Estas manifestações violentas convocadas pelo candidato presidencial Venâncio António Bila Mondlane e pelo partido Podemos, têm sido apoiadas e financiadas por algumas Organizações da Sociedade Civil e pessoas singulares de má-fé, dentre nacionais e estrangeiros, com o intuito de criar o caos generalizado e subverter a ordem constitucional instituída", refere-se num comunicado do Ministério do Interior.

 

Em causa está uma onda de manifestações em Moçambique, com cerca de 70 mortos e mais de 200 feridos a tiro num mês, em resultado dos confrontos com a polícia, protestos que têm sido convocados por Venâncio Mondlane, candidato presidencial que contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo nas presidenciais, com 70,67% dos votos, e, nas legislativas, do partido Frelimo, que reforçou a sua maioria absoluta, segundo os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

O Ministério do Interior de Moçambique acusa os "autores morais" das manifestações de estarem a usar o direito à manifestação para "subverter a ordem constitucional instituída".

"As Forças de Defesa e Segurança reconhecem o direito de manifestação e de outros direitos fundamentais consagrados na Constituição da República, no entanto reitera que para o exercício dos direitos fundamentais plasmados na Constituição, é dever de todos os cidadãos, organizações e partidos políticos a observância estrita e rigorosa da lei, do civismo, urbanidade e o respeito pelos símbolos nacionais e apela a não adesão às manifestações violentas e outras ações que configuram violação da lei e perturbação da ordem pública", lê-se ainda no documento das Forças de Defesa e Segurança.

As autoridades moçambicanas apelam ainda aos estrangeiros que vivem no país para se absterem de "qualquer intervenção ou participação em atos que configurem violação à lei e intromissão nos assuntos internos do Estado moçambicano".

Em causa está uma onda de manifestações em Moçambique, com cerca de 70 mortos e mais de 200 feridos a tiro num mês, em resultado dos confrontos com a polícia, tem sido convocada por Venâncio Mondlane, que contesta a atribuição da vitória a Daniel Chapo nas presidenciais, com 70,67% dos votos, e, nas legislativas, do partido Frelimo, que reforçou a sua maioria absoluta, segundo os resultados anunciados pela Comissão Nacional de Eleições (CNE).

Só entre quarta-feira e sexta-feira, dias em que o país esteve a meio gás devido a novos protestos, pelo menos três pessoas morreram e outras cinco ficaram feridas devido ao disparo de tiros em Moçambique, indicou a Organização Não-Governamental (ONG) moçambicana Plataforma Eleitoral Decide.

Leia Também: Mulheres marcham em repúdio a atropelamento em manifestação em Moçambique

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