"As nossas forças armadas travaram batalhas ferozes", escreve o Ministério da Defesa da Síria num comunicado, no qual dá conta de que o ataque dos últimos dias a Alepo e Idlib, duas importantes cidades no noroeste da Síria, foi lançado pelo HTS com o "apoio de centenas de terroristas estrangeiros" e fez "dezenas de mortos e feridos".
Os rebeldes do HTS controlam agora a segunda maior cidade da Síria, para além de Idlib, o último bastião nas mãos da HTS, opositora do governo de Bashar al-Assad, de acordo com as informações das agências internacionais de notícias.
Depois do ataque dos grupos rebeldes, a aviação russa e síria bombardeou várias posições em Alepo, a primeira vez desde 2016 que a segunda maior cidade da Síria foi palco de confrontos armados, lançando renovadas preocupações sobre uma escalada nesta região do Médio Oriente.
Segundo o Observatório dos Direitos Humanos na Síria (OSDH), os combates dos últimos dias fizeram mais de 255 mortos e são os mais violentos desde 2020 no noroeste da Síria, onde a província de Alepo, maioritariamente nas mãos do regime de Assad, é contígua ao último grande reduto rebelde e 'jihadista' de Idlib.
O grupo 'jihadista' HTS (Organização pela Libertação do Levante, também conhecido como Al-Qaida na Síria) e os grupos aliados, alguns dos quais próximos da Turquia, tinham chegado de manhã às portas da cidade, "depois de terem efetuado dois atentados suicidas com carros armadilhados".
Também o Irão, através do seu ministro dos Negócios Estrangeiros, Abbas Aragchi, transmitiu na semana passada ao seu homólogo sírio, Bassam al-Sabbagh, o apoio de Teerão na luta contra o grupo HTS e outras milícias na região de Alepo.
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