PR cabo-verdiano pede "responsabilidade" a países para proteger água

O Presidente cabo-verdiano voltou hoje a apelar à "responsabilidade" dos países mais desenvolvidos em apoiarem os pequenos Estados insulares em desenvolvimento, como Cabo Verde, para protegerem o acesso à água dos riscos climáticos.

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Lusa
28/11/2024 16:52 ‧ há 1 hora por Lusa

Mundo

José Maria Neves

fundamental que os países desenvolvidos reconheçam a sua responsabilidade em apoiar os SIDS [Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento, na sigla inglesa] nesta matéria", referiu José Maria Neves, numa mensagem gravada dirigida à reunião do III Diálogo de Alto Nível sobre SIDS.

 

"A ajuda, seja ela técnica, seja financeira, é vital para que possamos implementar soluções inovadoras, que protejam os nossos recursos hídricos e promovam a adaptação às alterações climáticas", referiu o chefe de Estado.

O encontro decorre hoje e sexta-feira, na sede da Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO), em Paris, sob o lema "A segurança da água para uma prosperidade resiliente nos Pequenos Estados Insulares em Desenvolvimento".

"Se nos SIDS, incluindo Cabo Verde, são visíveis e marcantes os esforços para se contornar o problema de acesso à água, mediante programas de mobilização e eficiência hídrica, passos firmes devem ser dados no sentido da proteção das infraestruturas de água e saneamento, suscetíveis de serem afetadas pelos desastres naturais", referiu José Maria Neves. 

Da mesma forma, "mecanismos de mobilização de recursos para o efeito devem ser efetivados, como forma de cobrir os custos de recuperação dos danos".

"Apelo a todos os presentes que unamos forças em prol de uma agenda global que priorize verdadeiramente a segurança da água", concluiu.

Cabo Verde é membro do grupo internacional dos SIDS e tem sido uma das vozes em apelo a apoios que compensem a vulnerabilidade dos pequenos Estados.

O Governo do arquipélago tem apresentado propostas para revisão da arquitetura financeira global, por forma a que, por causa da sua menor escala e garantias, os países deixem de ser prejudicados no acesso aos mercados de crédito e outras oportunidades de apoio.

Leia Também: Ministro cabo-verdiano defende união para se fazerem mais reformas

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