Numa conversa telefónica entre os dois governantes, Katz reiterou o compromisso de "visar a infraestrutura terrorista do Hezbollah e eliminar os líderes terroristas", para permitir que a população do norte de Israel, deslocada por disparos de 'rockets' do movimento apoiado pelo Irão, regresse a casa em segurança.
Numa posição diferente, Lloyd Austin reiterou, no entanto, "o compromisso dos Estados Unidos com uma solução diplomática no Líbano que permita aos civis israelitas e libaneses regressarem as suas casas em segurança em ambos os lados da fronteira", de acordo com um comunicado publicado pelo seu gabinete.
Israel diz que pretende incapacitar o Hezbollah e também o grupo islamita palestiniano Hamas, ambos apoiados pelo Irão, após o ataque sem precedentes do movimento extremista palestiniano em território israelita, em 07 de outubro de 2023, que desencadeou a guerra na Faixa de Gaza, que se alastrou ao Líbano.
Os Estados Unidos da América (EUA), principal aliado militar de Israel, afirmam, por seu lado, querer colocar fim a estes conflitos através do diálogo e ver melhorias na desastrosa situação humanitária na Faixa de Gaza.
Na quinta-feira, o mediador norte-americano para o Líbano, Amos Hochstein, reuniu-se com o primeiro-ministro israelita, Benjamin Netanyahu, para discutir uma proposta de cessar-fogo que pretende acabar com a guerra entre Israel e o Líbano, mas não foram divulgados detalhes.
A conversa de hoje entre Katz e Austin aconteceu no dia em que pelo menos 30 pessoas foram mortas em ataques israelitas no sul e no leste do Líbano, segundo o Ministério da Saúde libanês.
Nos últimos dias, as forças israelitas têm lançado grandes bombardeamentos em diferentes partes no Líbano, incluindo um ataque no centro de Beirute que deixou pelo menos quatro mortos e 33 feridos.
Este ataque teria como objetivo atingir um alto responsável do grupo xiita Hezbollah, de acordo com uma fonte de segurança libanesa à agência francesa AFP.
Após um ano de trocas de tiros na região transfronteiriça, Israel entrou em guerra aberta contra o Hezbollah em 23 de setembro, lançando uma intensa campanha de bombardeamentos no Líbano.
Desde 01 de outubro, forças terrestres israelitas entraram no sul do Líbano, onde este conflito já matou mais de 3.500 pessoas e deixou acima de 1,2 milhões de deslocados, segundo as autoridades de Beirute.
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