"Há 91 anos, Estaline e o regime soviético criaram o Holodomor, uma fome forçada e deliberada que matou milhões de ucranianos. Agora lembramo-nos daqueles homens, mulheres e crianças que morreram durante esta fase", declarou Biden, citado num comunicado da Casa Branca, referindo-se à invasão russa da Ucrânia, iniciada em fevereiro de 2022.
O Presidente norte-americano prestou homenagem aos sobreviventes e os seus descendentes que, "apesar dos esforços de Estaline para erradicar a identidade nacional ucraniana, construíram uma democracia independente e livre", e depois voltou a estabelecer um paralelo com a atualidade.
"Hoje, ao assinalarmos o aniversário do Holodomor, renovamos o nosso compromisso com o povo da Ucrânia num momento de necessidade. Durante quase três anos, a Rússia tem levado a cabo agressões brutais contra o povo ucraniano, numa tentativa de eliminá-lo. No seu esforço, a Rússia falhou", afirmou.
Biden sublinhou que a Ucrânia "mantém-se livre graças, em parte, ao apoio dos Estados Unidos e de mais de 50 países que demonstraram o seu empenho e enviaram ajuda para se defender".
"A minha mensagem ao povo ucraniano é clara: os Estados Unidos honram o seu passado e estão ao seu lado no presente. Neste dia, afirmamos o nosso compromisso de apoiar e defender a Ucrânia para alcançar a liberdade e a justiça", afirmou, antes de declarar que "a coragem e a força dos ucranianos prevalecerão".
As palavras do Presidente cessante dos Estados Unidos, que no dia 20 de janeiro cederá o cargo para o republicano Donald Trump, surgem após a sua autorização sem precedentes para que as forças ucranianas usem mísseis norte-americanos de longo alcance em solo russo.
Num breve discurso à nação na quinta-feira, o líder do Kremlin, Vladimir Putin, confirmou por seu lado que a Rússia lançou no mesmo dia um novo míssil balístico hipersónico sem carga nuclear contra a região de Dnipro, no centro da Ucrânia.
O Presidente russo alertou que o uso de armas ocidentais pelas forças ucranianas para atingir o seu país transformou a guerra na Ucrânia num "conflito global" e admitiu atacar os aliados de Kiev envolvidos.
Em resposta, o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, instou a comunidade internacional a reagir, avisando para o aumento da "escala e brutalidade" do conflito, iniciado em 24 de fevereiro de 2022 com a invasão russa da Ucrânia.
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