Juiz rejeita iniciativa para fechar fábrica de criptomoedas nos EUA

Uma fábrica de criptomoedas no centro de Nova Iorque vai poder continuar a funcionar depois de um tribunal ter rejeitado uma iniciativa do Estado para encerrar a instalação, devido a preocupações sobre o seu impacto ambiental.

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© Dado Ruvic/Reuters

Lusa
23/11/2024 07:27 ‧ há 4 horas por Lusa

Mundo

Estados Unidos

A decisão foi recebida como uma vitória pela Greenidge Generation, uma 'mina' de criptomoedas de grande escala na região de Finger Lakes que atraiu os protestos de grupos ambientalistas e vigilantes desde que começou a minerar bitcoin, há quatro anos, noticiou na sexta-feira a agência Associated Press (AP).

 

Tal como outras operações de mineração de criptomoedas em grande escala, Greenidge depende de milhares de servidores de computador que consomem muita eletricidade e que geram bitcoin resolvendo equações complexas.

Para alimentar estes servidores, Greenidge utiliza uma antiga central a carvão que foi convertida para gás natural em 2017, após anos de desuso.

Em 2022, o Departamento de Conservação Ambiental de Nova Iorque negou a licença aérea necessária à fábrica, alegando que as suas emissões de gases com efeito de estufa entravam em conflito com os ambiciosos objetivos climáticos do Estado.

Em resposta a uma ação judicial interposta pela corporação, o juiz do Supremo Tribunal do Estado, Vincent M. Dinolfo, decidiu na quinta-feira que a agência não deu à Greenidge uma oportunidade de justificar a continuidade da sua operação, um "erro interpretativo" nos termos da lei.

"O preconceito político transparente perdeu-se hoje", destacou a Greenidge, em comunicado.

"A decisão garante que as nossas instalações continuarão a funcionar e que os nossos funcionários locais não terão as suas carreiras destruídas por excessos governamentais de motivação política que não tinham base legal desde o primeiro dia em que começaram", acrescentou.

Entretanto, uma coligação de grupos ambientalistas alega que Greenidge está a bombear milhões de toneladas de dióxido de carbono para a atmosfera, ao mesmo tempo que contamina o vizinho lago Seneca com descargas diárias de água aquecida necessária para o funcionamento da central.

"A comunidade de Finger Lakes tem dado o alarme sobre os impactos desastrosos desta instalação na água, no ar e no clima", frisou Mandy DeRoche, advogada adjunta do Programa de Energia Limpa da Earthjustice, garantindo que as associações ambientalistas vão continuar a luta.

Leia Também: Dólar, criptomoedas e futuros de Wall Street sobem com vitória de Trump

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