"O inimigo israelita levou a cabo um ataque aéreo que visou vários edifícios na cidade de Palmira, no deserto sírio, matando 36 pessoas, ferindo mais de 50 e causando danos materiais consideráveis nos edifícios visados e na área circundante", declarou a agência noticiosa oficial síria Sana, citando uma fonte militar.
Um balanço anterior, da organização não-governamental Observatório Sírio dos Direitos Humanos (OSDH), apontava pelo menos 11 combatentes pró-iranianos mortos nos ataques israelitas de hoje a Palmira.
Entre os combatentes mortos, sete são de nacionalidade síria, segundo o OSDH, que também referiu a existência de dezenas de feridos, pelo menos sete dos quais civis, na sequência de "ataques da aviação israelita visando três zonas distintas da cidade de Palmira", uma delas um depósito de armas próximo da zona industrial.
Pouco antes, a agência noticiosa estatal síria SANA já tinha informado de "sons de explosões ouvidos em Palmira, produzidos por uma agressão israelita contra edifícios residenciais e a zona industrial".
Declarada Património da Humanidade pela UNESCO (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura) em 1980, Palmira alberga as ruínas de uma grande cidade que foi um dos centros culturais mais importantes da Antiguidade a partir de 3500 A.C., influenciada por várias civilizações, incluindo a grega clássica, a romana e a persa, bem como por tradições indígenas.
Israel aumentou consideravelmente os seus ataques em território sírio nas ultimas semanas, especialmente na capital, Damasco, e seus arredores, como na zona de Al-Quseir, que faz fronteira com o Líbano, por onde o Exército israelita afirma que o grupo xiita libanês Hezbollah transporta armas.
Segundo as forças israelitas, estes ataques, que já causaram dezenas de vítimas, incluindo civis, visaram paióis do Hezbollah e dirigentes de grupos palestinianos; contudo, as autoridades locais afirmam que muitos dos bombardeamentos realizados atingiram diretamente zonas residenciais.
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