A morte do ator de Hollywood Gene Hackman e da mulher, Betsy Arakawa, gerou comoção no mundo das artes. Os resultados da autópsia revelaram que a companheira do artista morreu sete dias antes, a 18 de fevereiro, vítima de um vírus raro. Uma vez que Hackman encontrava-se num estágio avançado da doença de Alzheimer, este permaneceu perdido durante o tempo em que ainda esteve vivo (acreditam os médicos).
Não ficando indiferente ao caso, Pedro Chagas Freitas partilhou um sentido texto nas redes sociais, refletindo sobre a morte e a solidão que impera no mundo moderno.
"Como tantos outros, não morreu de doença, não morreu da idade. Morreu de não ter ninguém. Morreu de solidão", reflete.
"A fama é um monte de bosta. Um castelo de areia feito de aplausos momentâneos, de memórias frágeis. Um dia és o homem que todos querem ver; no outro és apenas um corpo que apodrece sem que ninguém dê por isso", escreve ainda.
Na visão de Chagas Freitas, o "mundo moderno especializou-se em produzir solidão". "Criou cidades onde ninguém conhece ninguém, relações descartáveis, conversas rápidas — que não deixam raízes", lamenta. .
"Olhem à volta. Quantos já morreram vivos? A solidão é um ensaio para o fim. Alguns já estão a ensaiar há demasiado tempo", completa.
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