Quase um terço dos portugueses pensa emigrar. Saiba os principais motivos

Os jovens entre os 18 e 24 anos (64%) e indivíduos com ensino universitário (34%) são os mais propensos a emigrar.

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Notícias ao Minuto
30/11/2024 13:30 ‧ há 2 semanas por Notícias ao Minuto

Economia

Emigração

Um em cada três portugueses pondera sair do país. As conclusões são do estudo 'Consumer Sentiment Survey', levado a cabo pela Boston Consulting Group (BCG), que aponta a procura de melhores perspetivas profissionais e o descontentamento com a realidade política, fiscal e/ou social como os principais motivos para emigrar.

 

"Quase um terço dos portugueses (32%) equaciona emigrar e, destes, 37% aponta a procura de melhores perspetivas profissionais e 36% o descontentamento com a realidade política, fiscal e/ou social em Portugal como principais motivos para sair do país", lê-se num comunicado enviado às redações.

De acordo com o estudo, os jovens entre os 18 e 24 anos (64%) e indivíduos com ensino universitário (34%) são os mais propensos a emigrar face à população ativa entre os 55 e os 64 anos (17%), e sem formação universitária (29%).

"O estudo indica que uma das razões principais para este fenómeno é o desfasamento entre as expectativas e ambição destes dois grupos (mais novos e mais formados) com aquilo que o mercado nacional tem para oferecer", explicou Manuel Luiz, managing director & partner da BCG, que acrescentou que "outro dos fatores importantes para o fenómeno da emigração prende-se com elementos de cultura no local de trabalho".

Segundo a nota, no mercado de trabalho, além da remuneração, os portugueses (24%) dão valor à flexibilidade de horário e à autonomia e responsabilidade.

Destacam-se também o equilíbrio entre a vida pessoal e profissional (23%) e o ambiente de trabalho saudável e colaborativo (20%). Em oposição, o propósito e significado (13%), a flexibilidade de local de trabalho (12%), e outros benefícios (6%), como combustível, carro e ginásio, são os fatores menos valorizados pelos portugueses.

Em Portugal, apenas 25% dos inquiridos prefere o modelo totalmente presencial em relação a opções mais flexíveis ou totalmente remotas. No entanto, 73% dos inquiridos revela trabalhar exclusivamente de forma presencial.

Leia Também: Remessas sobem 4,4% até setembro, para 3,1 mil milhões de euros

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