"Caras como o Gabriel, como o John, realmente eles têm um talento a mais. E quando estamos na competição, é bem melhor competir contra esses caras. É bem melhor vencer com o cara que é do teu nível. E é sempre um show quando a galera entra na água", afirmou à Lusa o antigo campeão do mundo (2019) e o primeiro campeão olímpico de surf (2021).
Ítalo Ferreira, que venceu a prova do circuito principal da WSL na Praia de Supertubos, em Peniche, em 2018 e 2019, acrescentou que, apesar das ausências do seu compatriota Medina, tricampeão mundial (2014, 2018 e 2021), que está lesionado, e do havaiano Florence, também tricampeão do mundo (2016, 2017 e 2024), que tirou um ano 'sabático', a sua vontade de ganhar continua intacta.
"É legal ter toda a outra galera. Ter mais pessoas que os fãs gostam de acompanhar. Até porque é um show, é um evento e a gente gosta de disputar uns com os outros. Então, quando acaba saindo um adversário, os atletas acabam sentindo. Porque é onde a gente eleva o nosso nível do surf. Mas independente de quem está ou não está, vai ser a mesma coisa e a vontade é a mesma", vincou.
De resto, o atleta de 30 anos, que falava à margem da conferência de imprensa de lançamento do MEO Rip Curl Pro, cujo período de espera se estende entre 15 e 25 de março, considerou que se encontra num dos melhores momentos de forma da sua carreira.
"Sem dúvida. Acho que, se for comparar com o Ítalo de 2019 para cá, quando fui campeão do mundo, acho que o Ítalo do passado não estava nem a 90% do que eu sou hoje", lançou, considerando que, atualmente, está "um pouco mais inteligente, fazendo boas escolhas e boas decisões".
O surfista do Rio Grande do Norte, que lidera o ranking mundial após duas etapas (Havai, nos Estados Unidos, e Abu Dhabi, nos Emirados Árabes Unidos), realçou a maior capaciade que agora tem para "aproveitar os momentos e fazer as coisas com calma, sem ansiedade".
O 'licra amarela' revelou que este ano se mentalizou que ia começar bem a época e dedicou o "dobro" na preparação para a nova temporada do que fez no ano passado, quando foi vice-campeão mundial.
"Acho que, sem dúvida, estou muito bem fisicamente, mentalmente e [bem apoiado] com toda a minha equipa. Tudo o que está por trás também está tudo alinhado, graças a Deus. E isso faz com que eu me sinta mais leve e confiante", rematou.
A prova portuguesa é a terceira etapa do circuito mundial e decorre entre os dias 15 e 25 de março na Praia de Supertubos, em Peniche, Leiria, com os lusos Frederico Morais e Yolanda Hopkins a representarem as cores nacionais.
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